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ASSISTÊNCIA
Reduzir índice de diagnósticos falsos-positivos e falsos negativos é desafio para o controle do câncer

TODOS CONTRA O ERRO



No final de 2011, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, teve diagnosticado um suposto
câncer na tireoide e foi submetida à cirurgia para retirada da glândula. Depois da operação, no início deste ano, exames constataram que o órgão não apresentava sinais de células cancerígenas. O erro no diagnóstico revela que, mesmo um exame de excelente qualidade técnica, avaliado por um especialista em radiologia, não garante 100% de certeza sobre um nódulo ou lesão ser ou não maligno.
Exatamente por isso, sempre que há a suspeita de câncer, é feita biópsia de parte do tumor.
O caso de Cristina Kirchner mostrou também que o diagnóstico equivocado de câncer, conhecido como falso-positivo, é mais comum do que se imagina. Para minimizar o problema – e também a
situação inversa, de falsos-negativos, quando o resultado do exame não aponta um tumor existente – o Ministério da Saúde começa a colocar em prática algumas medidas estratégicas. Uma delas é a implantação do Programa Nacional de Qualidade em Mamografia, que passou a ser oferecido aos estados em 2011 e que será obrigatório a partir de janeiro de 2013 em todo o país (portaria nesse sentido foi publicada em março). A metodologia assegura que a dose de radiação, a imagem radiológica e a interpretação das mamografias estejam em conformidade com padrões internacionais de qualidade.
Em julho do ano passado, o Ministério da Saúde também criou uma força-tarefa para investigar a
qualidade dos laboratórios de citotecnologia, que analisam o exame papanicolaou, para rastreamento do câncer do colo do útero. O relatório com os resultados do trabalho deve ser divulgado ainda este semestre. A preocupação com a qualidade das mamografias
e do exame papanicolaou se justifica. São eles que identificam dois dos tipos mais comuns de
neoplasia entre as mulheres: o câncer de mama e o do colo do útero, respectivamente. O papanicolaou, na verdade, é capaz de detectar também lesões precursoras do câncer do colo do útero – com 100% de chance de cura, impedindo o desenvolvimento do tumor – e a infecção por HPV, vírus que está associado a, pelo menos, 70% dessas neoplasias, cortando
pela raiz a possível evolução para o câncer.
As medidas tomadas pelo Governo têm razão de ser. No caso específico dos exames por imagem,
o percentual de diagnósticos equivocados é preocupante. De acordo com o Colégio Brasileiro de
Radiologia (CBR), a literatura médica aponta que a ressonância magnética registra índice de 95% de precisão. Ou seja: ocorre um falso-positivo ou falso--negativo a cada 20 exames. Já, na mamografia, o índice de falsos-negativos fica em torno de 10%. “A mamografia e o ultrassom estão amplamente disponíveis no Sistema Único de Saúde. Já a ressonância magnética está disponível para as pacientes do SUS apenas em alguns estados”, esclarece João Emílio Peixoto, integrante do Serviço de Qualidade em Radiações Ionizantes do Instituto Nacional de Câncer
José Alencar Gomes da Silva (INCA) e da Comissão de Qualidade em Mamografia do CBR.
Para Ronaldo Correa, oncologista da Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica do INCA,
no caso da mamografia, os diagnósticos falsos estão relacionados, muitas vezes, à má qualidade do
exame. “A mamografia se constitui num processo com diversas etapas. O técnico posiciona a paciente no equipamento e radiografa a mama. A imagem é revelada e analisada por um médico, que emite o laudo com o diagnóstico. Uma falha em qualquer etapa pode ocasionar erro. Por isso, é preciso manter um padrão de qualidade e um limite máximo aceitável de falsos diagnósticos”, diz o especialista.
Na opinião de Ronaldo, é possível minimizar o percentual de falsos diagnósticos nos exames de
imagem. Para isso, é necessário aprimorar todo o método de trabalho. “Se determinada clínica registra um número elevado de falsos diagnósticos, é preciso analisar ponto por ponto da cadeia, para saber onde está ocorrendo a falha. É preciso verificar se o equipamento da clínica está em bom estado, se técnicos e radiologistas estão atualizados e trabalham corretamente, se a processadora que revela o filme é de boa qualidade...”, enumera o oncologista.
A radiologista Ellyete Canella, médica do INCA, explica que o falso-positivo relacionado ao câncer de mama ocorre, em geral, porque a mamografia pode revelar diversas lesões – algumas facilmente
identificáveis como benignas, outras não. “O resultado falso-negativo é mais complexo porque pode ocorrer em 10% dos exames – índice bastante elevado. Nesses casos, o tumor pode não ser identificado por diversas razões. Por exemplo, por se confundir com uma glândula, ou por estar situado em uma região superior, próximo ao tórax. Há ainda o fator humano, quando o médico não percebe a lesão”, ressalta.
Ellyete reconhece que evitar falsos-positivos é um desafio, pois, diante da suspeita de câncer é
preciso encaminhar a paciente para biópsia. “Já os casos de falso-negativo podem ser reduzidos com o aprimoramento da equipe, de forma que o profissional fique com o olho treinado para identificar os tipos de lesão, melhorando sua percepção na leitura do exame”, sugere a especialista.
João Emílio concorda. Para ele, em virtude da complexidade dos exames, a experiência do profissional pode fazer a diferença. “Alguns fatores aumentam o risco de falso-positivo na mamografia, como um processo inflamatório, que pode simular um tumor, ou lesões benignas que tenham aspecto de lesão maligna. Ou seja, algumas lesões não apresentam características que permitem diferenciá-las entre benignas e malignas, o que gera a necessidade de comprovação definitiva através da histologia", observa.
Para o profissional, a incidência de falsos-positivos e falsos-negativos é inerente aos métodos de
imagem. No entanto, João Emílio afirma que alguns procedimentos podem contribuir para minimizar os diagnósticos equivocados. “Qualidade da imagem com o uso de equipamentos adequados, treinamento contínuo dos profissionais, correlação clínica e comparação com os demais exames anteriores são alguns deles”, exemplifica.
O elevado índice de falsos-negativos nas mamografias não se repete, por exemplo, nas ultrassonografias para investigação de possíveis casos de câncer de tireoide, que ficam em torno de 2%. Já os falsos-positivos, com o mesmo método de detecção, chegam perto de 25%, de acordo com a médica especialista em ultrassonografia Lucy Kerr.
“Para os casos quando um nódulo não tem todas as características nem de um tumor maligno
nem de um benigno, são indicados exames complementares, como a elastografia. Se a elastografia
apontar que o nódulo é duro, o risco de malignidade é alto e justifica a realização de biópsia”, explica a médica.
ELASTOGRAFIA É PROMESSA DE MAIOR PRECISÃO

Diante de índices ainda relativamente altos de falsos-positivos e falsos-negativos nos diagnósticos
por imagem no Brasil, novos exames surgem como possibilidades para investigações mais precisas e menos invasivas nos pacientes com suspeita de câncer.
É o caso da elastografia. Por meio de uma onda de compressão, a técnica avalia a rigidez do tecido,
apontando a existência ou não de um tumor na região examinada. Em entrevista exclusiva à REDE
CÂNCER, a médica especialista em ultrassonografia Lucy Kerr, pioneira no uso do equipamento no Brasil, explica as especificidades e vantagens do exame.
RC- A elastografia, sozinha, é suficiente para diagnosticar o câncer?
Lucy Kerr – Não, ela sempre vem acoplada à ultrassonografia ou à ressonância magnética. É uma
mesma sonda que examina o paciente, mas com princípios físicos distintos. Enquanto a ultrassonografia se vale do princípio acústico, a elastografia avalia a rigidez do órgão, sua consistência. Ela mostra, por meio de imagem, o “mapa” da dureza
daquele tecido.
RC- O exame é indicado para diagnóstico de câncer em qualquer parte do corpo?
LK – As principais aplicações têm sido para mama, tireoide, próstata e fígado – mas o método também pode ser usado em outras áreas.
RC- Como é realizado o exame?
LK – O paciente fica deitado em uma maca e nós usamos a sonda de ultrassom especial, com os dois tipos de impulso, o do som, da ultra tradicional, e o compressivo, para avaliar a elasticidade do tecido. O impulso compressivo é aplicado sobre determinada parte do corpo. Quanto mais rígido o tecido estiver naquela região, maior será a velocidade de propagação desse impulso compressivo, também chamado de ‘onda de cisalhamento’.
RC- O procedimento identifica se um tumor é maligno ou benigno?
LK – Sim. Não em qualquer tipo de tumor, mas especialmente nos quatro tipos citados acima, nos quais o exame já vem sendo usado. No pulmão, não se consegue fazer ultrassonografia, já que ela não penetra no ar. Em relação à mama e à próstata, ainda não há um método de diagnóstico 100% satisfatório.
Assim, quanto mais métodos existirem para investigar determinado tipo de câncer, maiores as chances de um diagnóstico correto.
RC- Quais as vantagens da elastografia em comparação com outros exames?
LK – Vale lembrar que ela é sempre combinada a algum outro exame. Se ela é feita juntamente com a ultrassonografia, de um lado aparece a imagem do ultrassom e, do outro, aparece a rigidez daquele trecho da anatomia. Então, você consegue fazer uma comparação, ponto a ponto, e descobrir qual região está endurecida, ou seja, com suspeita de tumor.
RC- O exame reduz o risco de falsos diagnósticos?
LK – Com certeza. Eu acompanhei um caso em que a paciente fez mamografia e ultrassonografia.
Havia calcificações, mas não nódulos. Esses dois exames tiveram resultado negativo, na verdade,
falso-negativo. Por fim, em função do risco, foi realizada a elastografia e o tumor foi descoberto. Como o diagnóstico foi precoce, a paciente foi tratada com sucesso. A elastografia tem sido muito útil pra afastar falsos -positivos, casos em que ela elimina a possibilidade de tumor.
RC- Desde quando a elastografia está disponível no Brasil?
LK – Até recentemente, nenhuma clínica no Brasil havia comprado o equipamento. Ele ainda está em desenvolvimento, não está incorporado aos procedimentos da Associação Médica Brasileira.
RC- Existe a previsão de o procedimento ser usado na rede pública?
LK – Não. O SUS prefere usar as biópsias, que são muito mais caras e invasivas. É um contrassenso. Muitos pacientes de outras regiões do país têm-me procurado em busca de um método de diagnóstico menos invasivo. E a elastografia tem dado excelentes diagnósticos. Mas deve ser realizada por um profissional competente, que faça o protocolo completo do procedimento, o que é pouco comum no Brasil.
RC- Onde os profissionais podem fazer um curso para operar esse aparelho?
LK – O primeiro curso no Brasil deve acontecer em abril. Como muitos médicos brasileiros têm dificuldade de fazer o curso no exterior – seja pelo idioma, seja pelos custos –, a fabricante do equipamento vai disponibilizar a infraestrutura necessária para as aulas no Brasil.

Plano contra doenças crônicas prevê ampliação de rastreio

Em 2011, o Ministério da Saúde divulgou o Plano Nacional de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (câncer, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas
e diabetes), em que traça metas para reduzir a incidência e mortalidade por essas doenças no
Brasil.
Em relação ao câncer, o documento traz boas notícias: a variação da cobertura nacional da mamografia aumentou de 54,8% (2003) para 71,1% (2008) e a do exame papanicolaou, de 82,6% para 87,1%, no mesmo período. Outro dado relevante sobre cobertura mamográfica é o que registra que a realização do exame cresce hoje a um ritmo de 3,3% ao ano no país. A meta é passar para 4,2% ao ano, até atingir 95% de cobertura entre as brasileiras na faixa etária de 50 a 69 anos em 2022.
Ainda segundo o plano, persistem desigualdades em relação à escolaridade e a região, que precisam ser superadas. A realização de mamografias em 2009 e 2010 variou de 68,3% (mulheres com 0 a 8 anos de estudo) a 87,9% (mulheres com 12 ou mais anos de estudo). Já a realização de papanicolaou entre 2008 e 2010 oscilou de 77,8% (mulheres com 0 a 8 anos de estudo) a 90,5% (mulheres com 12 ou mais anos de estudo). Entre as ações propostas no plano, estão “aperfeiçoar o rastreamento do câncer do colo do útero e de mama, de forma universal, para todas as mulheres, independentemente de renda e raça/cor, reduzindo desigualdades, e garantir 100% de acesso
ao tratamento de lesões precursoras de câncer”.
AS METAS NACIONAIS PARA OS PRÓXIMOS 10 ANOS
INCLUEM:
• Implantar programas de gestão da qualidade da mamografia em 100% dos serviços que realizam
esse exame para o SUS;
• Implantar programas de gestão da qualidade do exame citopatológico do colo do útero (papanicolaou) em 100% dos laboratórios;
• Ampliar e/ou manter a cobertura de exame citopatológico do câncer do colo do útero para 80%
ou mais em mulheres de 25 a 64 anos, em todas as regiões do país;
• Garantir tratamento em 100% de mulheres com diagnóstico de lesões precursoras do câncer do
colo do útero.

Fonte: Rede Câncer n. 17, abril 2012. p. 14.



UM PAÍS QUE RASGA DINHEIRO

 

A maioria dos brasileiros não sabe quanto paga de juros e mantém os planos de compra mesmo se as taxas subirem. Metade admite que não consegue poupar para comprar à vista

Alexa Salomão e Alexandre Moschella, de  

São Paulo - Um dos pilares da teoria econômica clássica é a constatação de que consumidores, empresários e investidores são racionais — ou seja, após estudar as alternativas à sua frente, escolhem aquela que mais os beneficia, pelo menor custo possível.
Ninguém, em sã consciência, rasga dinheiro: os consumidores preferem os produtos baratos aos mais caros, os empresários adoram ter lucro e detestam ter prejuízo e os investidores procuram aplicar em empresas com maior, e não menor, potencial de crescimento.
A genialidade do escocês Adam Smith foi justamente notar que essa soma de racionalidade e egoísmo acaba sendo boa para todo mundo. No século 19, foi cunhado um apelido para esse indivíduo guiado pelo bom-senso em suas decisões: Homo economicus.
Pois, nos últimos anos, o Brasil vem dando uma contribuição aos livros-texto de economia. A recente onda de crescimento do país deu origem ao que se poderia chamar de Homo economicus brasiliensis: ele, ao contrário de seu primo racional, gosta mesmo é de rasgar dinheiro.
Já se percebeu, e não é de hoje, que o Brasil se transformou numa espécie de pátria das parcelas. E é exatamente o fascínio pelas parcelas a principal característica do Homo economicus brasiliensis.
Tudo, por aqui, é comprado a prazo. Joias, carros de luxo, lanchas, geladeiras, óculos de grau, passagens aéreas, roupas. Aproxima-se o dia em que o caixa da padaria vai perguntar se o cliente prefere parcelar o cafezinho em até quatro vezes (“sem juros”, claro).
A principal consequência dessa multiplicação de parcelas é que o volume de crédito em nossa economia triplicou nos últimos cinco anos — e, hoje, estancar essa expansão é uma prioridade da equipe econômica do governo.
Para entender a atitude do brasileiro em relação ao crédito e tentar vislumbrar as consequências econômicas dessa atitude, EXAME encomendou uma pesquisa ao instituto Ipsos.
Os dados levantados impressionam. Dois em cada três entrevistados ignoram o valor da taxa de juro de seus financiamentos. Cerca de 60% deles disseram que vão fazer maisempréstimos até o fim do ano.


DIAGNÓSTICO MÓVEL

Faz tempo que o celular deixou de ser só um telefone. Graças a pesquisadores das universidades federais do Rio Grande do Sul (UFGRS) e Fluminense (UFF) e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o aparelho também vai se tornar uma ferramenta para o diagnóstico da catarata, doença oftalmológica que mais causa cegueira no mundo.Os cientistas trabalham no desenvolvimento do Catra, aplicativo para celulares do tipo smartphone, que, usado junto com uma lente especial acoplada à tela do aparelho, detecta a doença em minutos, mesmo em seu estágio inicial. O teste é simples. O usuário deve olhar através da lente e se concentrar em um ponto verde que aparece na tela. Se o ponto parecer borrado ou inter mitente pode ser sinal da doença. A pessoa com visão sadia enxerga o ponto nitidamente, pois a luz emitida pela tela do celular não sofre desvios. No olho com a catarata, os raios de luz têm seu percurso alterado ao passar pelas lesões provocadas pela doença. Para confirmar o diagnóstico, o ponto luminoso aparece mais de uma vez em diferentes posições na tela e o usuário deve responder aos comandos pedidos pelo programa pressionando certas teclas do celular. Ao fi nal do exame, o aplicativo gera um mapa do olho que identifi ca o arranjo e o tamanho das possíveis lesões provocadas pela catarata. “Uma das ideias é levar o diagnóstico para comunidades carentes e locais onde não há oftalmologistas disponíveis”, conta um dos criadores do dispositivo, Vitor Pamplona, doutorando de Ciências da Computação na UFRGS. O aplicativo já pode ser baixado para o celular pela loja da Apple, mas a lente necessária para o exame ainda não é comercializada. Os pesquisadores já estão atrás de parcerias para criar uma empresa que venda o produto, que será bem mais barato do que os aparelhos tradicionalmente usados em consultórios médicos.

POR SOFIA MOUTINHO | CIÊNCIA HOJE/RJ NASA

http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2011/284


EUA aprovam novo teste de células-tronco embrionárias para cegos



Pesquisadores tentarão curar doença que atinge retina de idosos.
É a 3ª autorização concedida pelo país para pesquisa com células-tronco.

A empresa de biotecnologia Advanced Cell Technology anunciou esta segunda-feira (3) ter recebido o sinal verde do governo para iniciar a segunda série de testes com células-tronco embrionárias humanas para tratar a cegueira, desta vez em pessoas mais velhas.
O teste avaliará a habilidade da terapia para tratar com segurança pessoas com um problema conhecido
como degeneração macular senil, o tipo mais comum de perda irreversível da visão em pessoas com mais de 60 anos.
Ainda não há cura para a doença, que afeta de 10 a 15 milhões de americanos e outros 10 milhões de pessoas na Europa, acrescentou a empresa.
Segunda autorização
A FDA (Food and Drug Administration), entidade que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, liberou, em novembro, a empresa sediada em Massachusetts para começar um teste similar com pacientes com uma forma progressiva de perda de visão juvenil, conhecida como doença de Stargardt.

Montagem feita pelo Instituto Nacional do Olho, nos EUA, compara a visão normal (à esquerda) com a imagem observada por pacientes que sofrem de degeneração macular senil, a doença que poderá ganhar tratamento com células-tronco. (Foto: Instituto Nacional do Olho dos EUA/Divulgação).

"A ACT agora é a primeira empresa a receber o aval da FDA para dois testes com hESC (sigla em inglês para células-tronco embrionárias humanas) e agora é um verdadeiro líder transnacional no campo da medicina regenerativa", declarou Gary Rabin, presidente interino e chefe executivo.

"Representa um grande passo à frente, não apenas na área das células-tronco, mas potencialmente para técnicas modernas de cuidado com a saúde", continuou.

A companhia espera começar os testes clínicos nos Estados Unidos nos próximos meses e pretende procurar aprovação para testes similares na Europa. Os mercados americano e europeu para este tipo de tratamento soma 25 a 30 bilhões de dólares, acrescentou a empresa.
O anúncio da ACT marca é o terceiro deste do tipo, depois que a empresa americana Geron inovou no ano passado com a primeira tentativa já feita para usar tratamento com células-tronco embrionárias em um paciente com lesão na medula espinhal.
Polêmica
A pesquisa com células-tronco embrionárias é um campo controverso desde que as primeiras células foram isoladas, mais de 12 anos atrás. Os críticos condenam a prática porque ela envolve a destruição de embriões humanos.
No entanto, os cientistas afirmam que estas células representam uma grande promessa no tratamento do mal de Parkinson, de diabetes e uma variedade de outras doenças.
Assim como em outros testes com pacientes humanos, o primeiro passo nos testes de fase I e fase II da ACT é saber se a terapia é segura, antes de ver se funcionam.
"Em uma cobaia com degeneração macular, vimos uma notável melhora no desempenho da visão com relação a animais sem tratamento, sem quaisquer efeitos colaterais", disse Bob Lanza, cientista chefe da ACT.
Doze pacientes participarão do estudo em vários locais nos Estados Unidos, inclusive a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e a Universidade de Stanford.
A terapia usa células do pigmento do epitélio retinal (RPE) derivadas de células-tronco embrionárias para substituir as células de RPE danificadas em pacientes com a doença.
A degeneração macular senil, tipo da doença que ocorre em 90% dos casos, causa a deterioração da visão central quando as células de RPE na mácula do paciente, no centro da retina, perdem a habilidade de funcionar.
Pacientes frequentemente experimentam um embaçamento no centro do campo de visão, enquanto a visão periférica permanece intacta.
"À medida que a população envelhecer, espera-se que dobre a incidência de denegeração macular senil nos próximos 20 anos, exacerbando esta necessidade médica, ainda sem solução", disse Lanza.

FONTE:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/01/eua-aprovam-novo-teste-de-celulas-tronco-embrionarias-para-cegos.html


O MITO DA FELICIDADE


A pressão por ser feliz pode atrapalhar seu caminho para viver melhor. Novos estudos propõem como cada um pode encontrar seu próprio bem-estar
Letícia Sorg. Com Juliana Elias
Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Época de 21/maio/2011.

A resposta de qualquer pai ou mãe, questionado sobre o que deseja para os filhos, está sempre na ponta da língua: “Só quero que sejam felizes”. A frase não deixa dúvidas de que, numa sociedade moderna, livre de muitas das restrições morais e culturais do passado, a felicidade é vista como a maior realização de um indivíduo. Até governos nacionais se viram na obrigação de fazer algo a respeito. Neste ano, a China e o Reino Unido anunciaram a intenção de medir o grau de felicidade de seus habitantes. Os governantes, espera-se, querem o melhor para seu país, assim como os pais querem o melhor para seus filhos. Mas a ambição de sempre colocar um sorriso no rosto pode ter um efeito contrário. A pressão por ser feliz, condição nada fácil de ser definida, pode acabar reduzindo as chances de as pessoas viverem bem.
“Quero que meus filhos sejam felizes, mas também que encontrem um propósito e conquistem seus objetivos”, diz o americano Martin Seligman, considerado o mestre da psicologia positiva. Depois de estudar a busca da felicidade por mais de 20 anos, ele afirma ser tolice elegê-la como a única ambição na vida. Ex-presidente da Associação Americana de Psicologia, professor da Universidade da Pensilvânia, pai de sete filhos e avô pela quarta vez, Seligman reviu suas teorias e concluiu que é preciso relativizar a importância das emoções positivas. “Perseguir apenas a felicidade é enganoso”, diz Seligman a ÉPOCA (Procure a revista na biblioteca Mère Blanchot). Segundo ele, a felicidade pode tornar a vida um pouco mais agradável. E só. Em seu lugar, o ser humano deveria buscar um objetivo mais simples e fácil de ser contemplado: o bem-estar.
O que importa para viver bem
O psicólogo Martin Seligman afirma que a felicidade é só um dos elementos responsáveis por nosso bem-estar. Conheça os outros

Em seu novo livro, Flourish (Florescer), Seligman apresenta cinco fatores fundamentais para viver bem. A felicidade (emoções positivas), quem diria, seria apenas um deles, ao lado de propósito, realização, engajamento e relações pessoais (saiba mais no quadro abaixo). “O que eu pensava dez anos atrás era parecido com o que Aristóteles dizia, que havia um único objetivo final, a felicidade”, afirma o americano. Mas ele observou que, muitas vezes, decidimos fazer coisas que não melhoram exatamente nosso humor. Como, por exemplo, ter filhos.
Para casais estabelecidos, que sonham com uma família, a notícia de uma gravidez costuma levar pai e mãe às nuvens. O nascimento da criança é motivo de celebração, com direito a vídeo do parto e incontáveis fotos. Mas, segundo pesquisas de opinião, a alegria dura pouco, e nossa percepção de felicidade diminui nos primeiros anos de vida das crianças. Uma provável explicação para o resultado seria que, ao responder ao questionário, somos influenciados por fatores comezinhos, como as noites maldormidas e as fraldas sujas. De qualquer forma, apesar disso, as pessoas continuam a ter filhos porque, mais do que alegria, eles dão sentido a nossa existência.




Os "10 mandamentos para prevenção e controle da hipertensão"


Anualmente a Sociedade Brasileira de Hipertensão faz uma campanha educativa no combate à hipertensão.
A campanha tem o objetivo de alertar a população para o diagnóstico, prevenção e tratamento da doença.
Além disso, a campanha chama os profissionais de saúde, em especial enfermeiras e enfermeiros, à responsabilidade quanto à prevenção e acompanhamento das pessoas (jovens, gestantes, adultos e idosos) e suas famílias.
Assim, são promovidas atividades em todo país alertando como o tratamento é extremamente necessário, pois se trata de uma doença silenciosa, que, portanto, não apresenta sintomas perceptíveis, a não
ser quando acontecem complicações como o AVC ou infarto, duas das maiores causas de morte da população brasileira.

Os "10 mandamentos para prevenção e controle da hipertensão", amplamente divulgado nessas ações, indicam as atitudes recomendadas para a prevenção e tratamento da doença.

O referencial do autocuidado é a filosofia de base pois o tratamento da pressão alta exige uma dedicação extrema da pessoa e de sua família, inclusive, em manter o medicamento em uso permanente e muita força de vontade na nova disciplina do cotidiano de vida, pois envolve mudanças de comportamento (alimentação com frutas, verduras, legumes, carnes magras; exercício físico; controle do estresse por meio de meditação,
ioga, etc).

10 Mandamentos contra a pressão alta (adaptados por Isabel Cruz)

     * Meça a pressão pelo menos uma vez por ano.
     * Pratique atividades físicas todos os dias (caminhada, corrida, natação, ioga, alongamento, futebol, volei, etc).
     * Mantenha o peso ideal (Indice de Massa Corporal entre 18.5 e 24.9), evite a obesidade (não é excesso de gostosura, é doença!).
     * Adote alimentação saudável: em vez de sal (ou sazon) use alho, cebola,alfavaca, açafrão, pimenta do reino, limão,etc; em vez de frituras, asse, cozinhe, grelhe os alimentos; e coma muito mais frutas,
verduras e legumes.
     * Reduza o consumo de álcool (máximo 2 doses). De preferência, não
beba.
     * Abandone o cigarro (e se for o caso, as drogas recreativas ou ilícitas tipo anfetaminas, cocaína, crack, etc).
     * Nunca pare o tratamento, é para a vida toda. E o remédio é para tomar todo dia mesmo quando você está 12 por 8!
     * Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde. Se eles não orientam, cobre deles informação, leve dúvidas às suas consultas. Informação também é remédio. Exija o tratamento.
     * Evite o estresse, fazendo exercícios físicos, praticando esportes ou atividades de artesanato ou laser, meditação, relaxamento, etc. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer saudável, ao ar livre.
     * Ame e seja amado. No mínimo: não odeie, não cultive raiva ou rancor. Ame-se. Perdoe-se, cuide-se.




DENGUE: SAIBA COMO COMBATÊ-LO!


Sobre a Dengue
A palavra dengue tem origem espanhola e quer dizer "melindre", "manha". O nome faz referência ao estado de moleza e prostração em que fica a pessoa contaminada pelo arbovírus (abreviatura do inglês de arthropod-bornvirus, vírus oriundo dos artrópodos).

O que é Dengue?
O dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.

O dengue clássico se inicia de maneira súbita e podem ocorrer febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas. Às vezes aparecem manchas vermelhas no corpo. A febre dura cerca de cinco dias com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Em alguns poucos pacientes podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz. Raramente há complicações. 

O que é Dengue Hemorrágico?
Dengue hemorrágico é uma forma grave de dengue. No início os sintomas são iguais ao dengue clássico, mas após o 5º dia da doença alguns pacientes começam a apresentar sangramento e choque. Os sangramentos ocorrem em vários órgãos. Este tipo de dengue pode levar a pessoa à morte. Dengue hemorrágico necessita sempre de avaliação médica de modo que uma unidade de saúde deve sempre ser procurada pelo paciente. 

Qual a causa?A infecção pelo vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, uma espécie hematófaga originária da África que chegou ao continente americano na época da colonização. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento.

Como tratar?Não existe tratamento específico para dengue, apenas tratamentos que aliviam os sintomas.
Deve-se ingerir muito líquido como água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Os sintomas podem ser tratados com dipirona ou paracetamol. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias.
  
A prevenção é a única arma contra a doença.
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

Dicas para se prevenir contra o mosquito:


Veja a reportagem:

QUER SE DAR BEM EM CONCURSOS PÚBLICOS?! ENTÃO CONSULTE A NOVA ORTOGRAFIA BRASILEIRA EM VIGOR! FAÇA BONITO!




A partir de 2013 a utilização da nova ortografia brasileira será obrigatória. Saiba o que mudou consultando o Guia prático da nova ortografia e prepare-se para escrever bem.




VOCÊ SABE SE COMPORTAR NO TRABALHO! BOAS MANEIRAS É FUNDAMENTAL!

Saber se comportar no ambiente de trabalho é fundamental. Da maneira de vestir e falar ao modo de lidar com as situações cotidianas, todo cuidado é pouco. Vejam o que diz este artigo sobre etiqueta profissional.




Mercado de Trabalho – O ABC da Etiqueta Profissional
(Nívia Trocado)
Consultoria: Maria Aparecida Araújo


Cuidado como você procede no ambiente de trabalho, para que suas atitudes não arruínem sua carreira.
Você sabe lidar com as diferentes situações do dia-a-dia e consegue driblar com elegância as saias justas que aparecem no mundo corporativo? Se a resposta for positiva, PARABÉNS! Isso leva a crer que você tem educação, bom senso e traquejo social. Portanto está preparada para representar a empresa em qualquer ocasião. Saiba, no entanto, que inúmeros profissionais desconhecem as vantagens que as boas maneiras podem trazer para sua carreira. Muitas pessoas acreditam que o sucesso profissional depende apenas de um currículo brilhante, uma competência inquestionável e uma constante preocupação em manterem-se atualizadas. Ledo engano!
Aprimorar as capacidades técnicas é importante, mas desenvolver as habilidades sociais é fundamental, porque além da competência e do foco em resultados, alavancar a carreira pode depender MUITO de umas regrinhas de etiqueta profissional. Afinal as empresas estão dando um valor cada vez maior às suas atitudes, à sua postura e ao seu modo de proceder.
Consultora de Comportamento Profissional, Etiqueta Social e Internacional, Marketing Pessoal, Cerimonial e Protocolo, Maria Aparecida Araújo explica que as profissionais precisam sentir necessidade de aprender para ascender na carreira. "O maior benefício de quem se preocupa com a sua etiqueta profissional é a segurança que a pessoa adquire, porque ela aprende a se comportar em qualquer situação que se lhe apresente, ao tomar conhecimento do correto".  Geralmente, quando a pessoa está pouco à vontade, sua performance cai, porque ela não sabe o que fazer, como falar...
A importância de se preocupar com a etiqueta profissional é não colocar negócios a perder, porque a imagem mal colocada põe a carreira em risco.

O questionamento da própria conduta deve ser constante, pois o mais importante é o respeito ao próximo. Por isso o valor da etiqueta profissional, na qual a pessoa vai aprender regras do comportamento corporativo, porque ela está representando uma empresa.

" É uma grande responsabilidade, pois o comportamento da profissional funciona como um espelho da instituição que a contratou, perante os clientes" diz Maria Aparecida.


Qualidade de Vida gera Qualidade Profissional

A etiqueta profissional passa por diversos campos. O economista e Consultor de Qualidade de Vida, Cláudio Pelizari, afirma que, além de aprender princípios e regras de comportamento, a profissional, que pretende ter sucesso na carreira, deve se preocupar com a sua qualidade de vida. "O relacionamento entre uma pessoa e outra se dá a partir do que se vê". Por isso a profissional deve se preocupar em estar com uma boa aparência. Ser e parecer saudável, ter asseio pessoal.

Por exemplo, se a pessoa fuma, os colegas sentem o odor nela e isto é muito desagradável. "Por esse motivo o marketing pessoal está inserido na etiqueta profissional, sendo de suma importância para quem quer galgar degraus na carreira".


Confira as nossas dicas:

A - Aperto de Mãos: Jamais se deve cumprimentar com a mão mole ou tocando só as pontas dos dedos da outra pessoa. O aperto de mão deve ser firme, demonstrando para a outra pessoa que você tem prazer no contato com ela. Lamentável aquele que parece querer estraçalhar os dedos da outra pessoa.

B - Batom: Jamais retocar o batom em mesas de refeição e evitar ao máximo sujar o rosto das pessoas, colarinhos, guardanapos e toalhas de lavabo.

C - Cartões de Visita: Imprescindíveis ao profissional que deseja projetar uma imagem bem cuidada. É necessário dominar com desenvoltura todos os aspectos que envolvem a troca de cartões de visita. Nunca se apresente sem eles. Dizer que acabaram revela certa desorganização e falta de logística pessoal.

D - Direção do Automóvel: Um dos mais reveladores meios para se identificar uma pessoa bem-educada. Sem comentários: buzinar muito, obstruir calçadas, avançar sinais, ultrapassar pelos acostamentos e estacionar ocupando duas vagas, esquecendo-se dos demais.

E - Elogio: Ferramenta poderosa que desperta no semelhante a vontade de cooperar. Ele eleva a auto-estima do outro e atenua os efeitos desagradáveis de uma crítica.

F - Fofoca: Nunca será um comportamento de pessoas verdadeiramente elegantes. O profissional que se entrega a ela deixa transparecer que, no mínimo, é um desocupado.

G - Gafe: Atitude ou comportamento que repercute de forma desfavorável no convívio social ou profissional. Geralmente causa constrangimento para quem comete e para quem presencia.

H - Honestidade: Um dos "agás" do profissional de sucesso. Caminha lado a lado com a humildade, com o humor e com a habilidade.

I - Iniciativa: Requisito básico para que o profissional seja pró-ativo e bom colaborador dos colegas e da chefia. De nada adiantará ter boas idéias, se não agir para colocá-las em prática.

J - Jóias: Juntamente com as bijuterias devem ser discretas. Qualquer exagero dá ares de "perua" à mulher que usa. O visual do mundo corporativo exige mais discrição nos trajes. A elegância não admite excessos de nenhuma natureza.

L - Lenço: Peça essencial, que deve estar sempre na bolsa da mulher e no bolso do homem. Embora banido e substituído pelos de papel, é um poderoso aliado para proteger as pessoas de tosses, espirros e mãos suadas.

M - Marketing Pessoal: Instrumento fundamental para que você se mostre ao mercado como um produto que deve ser comprado e valorizado. Ninguém compra seu talento e competência se não descobrir que você os tem. Entre dois candidatos a uma vaga de emprego ou promoção na carreira, certamente a escolha irá recair naquele com melhor imagem, trato e apresentação.

N - Negatividade: Deve ser banida da atitude do profissional que deseja o sucesso. Aprenda a ser positivo nas palavras, pensamentos e ações. Ninguém gosta de conviver nem empregar uma pessoa resmungona, ressentida e sempre pronta a se queixar e reclamar de tudo e de todos.

O - Óculos escuros: Devem ser retirados quando você conversa com outra pessoa. O interlocutor deve ver os seus olhos. Sempre olhe para as pessoas com quem fala. Quando isso não acontece, a outra pessoa pensa que não tem nenhuma importância para você.

P - Pontualidade: Marca das pessoas bem-educadas. No Brasil, é um atributo ainda desprezado por muitos. Exatamente por isso, destaca positivamente o profissional que faz uso dela.

Q - Qualidade: Adote para sua vida o principal lema da qualidade: "Hoje melhor que ontem e amanhã melhor que hoje". Valorize suas melhorias diárias. Busque sempre seu auto-aprimoramento.

R - Resposta: Adote como norma de conduta responder sempre à sua correspondência (cartas e e-mails) e aos seus telefonemas. Quando não faz isso, comete extrema grosseria.

S - Sorriso: Estabeleça como meta dar no mínimo cinco sorrisos por dia. O sorriso é a mais poderosa arma para você fazer amigos e conquistar a simpatia das outras pessoas. No seu cotidiano use-o em abundância, juntamente com o elogio e o agradecimento.

T - Talheres: Aprenda a usar corretamente. "Dize-me como comes e te direi se és elegante e bem-educado".

U - Unhas: Nunca saia de casa com esmalte descascado. No trabalho não há espaço para extravagâncias nas cores, tamanhos e efeitos visuais. Nos pés será sempre preferível o esmalte mais claro. Deixe os vermelhos só para as mãos.

V - Viagens: Saiba conduzir-se com elegância em viagens de avião, navio, ônibus e trens. Escolha a roupa e a bagagem adequadas, não incomode os outros passageiros, seja consciencioso com os tripulantes, informe-se sobre outras culturas e evite gafes internacionais. Viajar é uma excelente forma de ganhar cultura e traquejo.

X - Xícara: Segure sempre pela asa sem deixar o dedo mínimo levantar. Nunca deixe a colher dentro dela, só no pires.

Z - Zum-Zum-Zum: Uma profissional séria não tem tempo para estar envolvida em zumzumzum, isto é em boatos. Isso é um mal relacionado à fofoca e quem trabalha de verdade não tem tempo para tal atitude que, além de tudo é deselegante.                                            



SOLUÇÃO JÁ, PARA AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Já imaginou um site que coloca referências bibliográficas dentro das normas da ABNT? Você só precisa preencher os campos com as informações solicitadas que são o título, autor(es), edição, local onde foi realizada a publicação, nome da editora, ano de publicação e ele faz toda a referência de livros, teses, revistas, artigos e material em meio eletrônico. Esse site é o MORE, sigla para mecanismo on-line para referência.


Ter acesso às informações significa ter conhecimento?






EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
É caracterizada pela separação física e/ou temporal. Professor e aluno desenvolvem o processo de comunicação indiretamente, ou seja, por não ser presencial, esta comunicação se dá no espaço e tempo de acordo com a disponibilidade de cada um dos envolvidos, através de recursos tecnológicos, com ênfase no papel do professor.
No Brasil, historicamente, a educação a distância era considerada educação de massa: “uma para muitos”. A ênfase no ensino era centrada no professor e na transmissão de informações. As ações aprender e ensinar eram concebidas de forma dicotomizada.
Considerada de 2ª categoria, o objetivo era suprir as deficiências de oportunidades escolares existentes no país.
A tecnologia utilizada eram os meios de comunicação como correio, rádio e TV. Não acontecia a comunicação/interatividade em tempo real.
A aprendizagem em rede aparece a partir da década de 90; passa a ser considerada “muitos para muitos”, quando aparece a internet e há a integração das mídias: videoconferência, videoaula, material impresso, televisão, vídeo, cd, DVD. Todos esses recursos passam por uma ressignificação em função de novas práticas do pensar e agir.
Com tudo isto aparece uma preocupação: Ter acesso às informações significa ter conhecimento?
A informação é transformada em conhecimento quando há uma análise, interpretação e síntese a partir de uma perspectiva pessoal. É reelaborada e ressignificada pelo aluno.
O papel do professor, na aventura do conhecimento, está na ênfase da interação entre os alunos e entre alunos/professor.
Aprender e ensinar acontece de forma articulada: o professor acompanha o processo de aprendizagem do aluno para mediar, no sentido de desencadear, a reflexão e construção do conhecimento do aluno.
Valoriza o trabalho colaborativo, o compartilhamento de experiências, reflexões e o processo.
Na visão atual, com o avanço da tecnologia, aparece a sociedade da informação e comunicação e, a necessidade de aprender ao longo da vida, cria demanda para novas aprendizagens quando o pensar e agir passam a acontecer de maneira diferente. Isto fez com que houvesse uma crescente procura e oferta de cursos presenciais e a distância.
Conhecemos a educação presencial que nada mais é do que a sala de aula, onde professor e aluno estão no mesmo espaço físico. Isto se dá nos cursos regulares.
A EAD pode ou não acontecer em momentos presenciais, mas a característica principal é que tanto professor e aluno não ocupem o mesmo espaço físico ao mesmo tempo, no entanto estarão juntos pelas tecnologias de comunicação.
Com a EAD muda o conceito de tempo e espaço no que diz respeito às aulas e, durante as mesmas, há flexibilidade e abertura na construção do conhecimento, isto quer dizer que todos poderão aprender com todos, em momentos distintos, através das atividades proposta.
As diferentes modalidades de ensino não se competem e podem ser usadas de forma complementar: modalidade presencial, modalidade a distância, modalidade apoio ao presencial. A escolha da modalidade deve atender aos objetivos de uma proposta de curso e as características do seu contexto.
A flexibilidade e abertura na proposta na EAD promovem o processo e não o resultado ou reprodução de soluções.
Com a EAD o conceito de educação contínua ou continuada passa a ter maior destaque, se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.
São as potencialidades de a EAD romper com as restrições do espaço geográfico, flexibilizar os momentos (tempos) de estudo requer disciplina e organização, atingir um maior número de pessoas, o desafio qualidade vs quantidade – requer nova concepção da gestão pedagógica
Faz parte da mediação pedagógica na EAD a linguagem que deve ser clara e precisa, com abertura para que o aluno expresse suas dúvidas, a dialogicidade que deve ser sempre presente, pois é importante para o aluno sentir o diálogo entre ele e o professor/tutor.
Dialogar constantemente, trocar experiência, saber ouvir, esperar de forma “vigiada”, exemplificar apresentando perguntas orientadoras.
Debater dúvidas, questões ou problemas, orientar dificuldades e fragilidades.
É, portanto, um desafio de aprender e de ensinar de forma construtiva e colaborativamente no espaço virtual.
Dentre as atividades de um curso à distância, destaco o Fórum que é um espaço de comunicação assíncrona, quando não há tempo real, feita por meio da escrita e leitura, dentro do ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Ele oportuniza discussão e debate, troca de idéias, questionamentos, experiências e reflexões; argumentação; confronto de pontos de vista, produção coletiva de conhecimento.
Então, as experiências e pesquisas em EAD têm mostrado que as interações no virtual também são ricas, quando se estabelece um clima de confiança e de comprometimento com a aprendizagem do outro.

Maria Celia Pimental de Carvalho.

FONTE: http://www.sbs.com.br/virtual/etalk/index.asp




PROFISSÕES DO FUTURO





Quais serão as profissões que mais se projetarão no futuro próximo? Partindo dessa pergunta, a revista Você S/A, de agosto de 2010, elaborou um guia das carreiras mais quentes do mercado contendo 155 cargos e salários, bem como uma pesquisa sobre as profissões do futuro. Dentre elas, o bibliotecário ganha mais um campo de atuação, como “gerente de memória institucional”. No estudo surgem, também, algumas bizarrices, como o “bioinformacionista”.


  FALE BEM E CORRETAMENTE










Um bom profissional precisa escrever e falar corretamente, seja ele administrador ou enfermeiro. Errar palavras ou expressões causa uma impressão muito ruim em quem lê e ouve. Para evitar isso é preciso atenção e leitura de bons livros, inclusive gramáticas e dicionários. Uma sugestão é começar com “400 erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria)”, da Laurinda Grion. O livro é útil não só para executivos, mas para profissionais de qualquer área. O texto é simples, objetivo e prático, trabalhando com termos que usamos diariamente no trabalho, o que facilita a compreensão e torna o aprendizado interessante. Veja um exemplo tirado da p.19:
Texto errado:
Ao meu ver, esse procedimento não está correto(...)”

Texto correto:
A meu ver, esse procedimento não está correto (...)”

Explicação:
A expressão correta é a meu ver.
a expressão ao meu ver não existe em nosso idioma.


Outras expressões corretas:


A seu ver;
A nosso ver;
A vosso ver.



Existem três exemplares do livro na Biblioteca, mas não deixe de ter um com você no trabalho.
Sucesso!





MEIO AMBIENTE EM PAUTA

Tudo que diz respeito ao meio ambiente interessa a todas as áreas profissionais, por isso estes dois artigos publicados na revista Ambiente e Sociedade, n. 2, 2009, podem ser úteis para você. O acesso é livre pela Internet. Veja os títulos e links.


  • A crise ambiental sob a perspectiva da memória e dos itinerários no mundo urbano contemporâneo

  Disponível em http://www.scielo.br/pdf/asoc/v12n2/a06v12n2.pdf


  •    Desafios na construção de indicadores de sustentabilidade

   Disponível em http://www.scielo.br/pdf/asoc/v12n2/a07v12n2.pdf


AQUISIÇÕES DA BIBLIOTECA

Vejam, abaixo, alguns dos títulos que acabamos de comprar para nosso acervo.

TGA – Teoria Geral da Administração
Rui Otávio Bernardes de Andrade e Nério Amboni. Editora Campus, 2009.

Lógica informal manual de argumentação crítica
Douglas N. Walton. 1ª Edição. Martins Fontes 2006.

Lógica, pensamento formal e argumentação
Allaor Caffe Alves. 3ª Ed. Quartier Latin, 2003.

Instituições de direito público e privado
Sergio Pinto Martins. 9 ª ed. Atlas. 2009. 

Introdução ao estudo do direito
Tércio Sampaio S. Ferraz Júnior. Editora Atlas. 6ª Edição, 2008.

Matemática aplicada à administração, economia e contabilidade
Afrânio Carlos Murolo e Giácomo Augusto Boneto. Editora: Thomson. 1ª Edição, 2004.

Matemática aplicada à administração e economia
TAN, S. T. Editora Thomson Pioneira. 2ª Edição, 2007.

Matemática aplicada à gestão de negócios
Carlos Alberto Di Augustini, ZELMANOVITS, Nei Schilling. Editora: FGV, 1ª Edição, 2005.

Ensaios de história do pensamento econômico no brasil contemporâneo
Tamas Szmrecsanyi e Francisco Silva Coelho. Editora Atlas. 1ª Edição, 2007.

Desenho institucional e participação política - experiências no Brasil contemporâneo
Marcus André Melo e Cátia Lubambo. Editora Vozes, 1ª Edição, 2005.

Relações coletivas de trabalho - configurações institucionais no Brasil contemporâneo
Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da Silva. Editora: Ltr. 1ª Edição, 2008.

Mudança, crise e violência: política e cultura no Brasil contemporâneo
Editora: Civilização Brasileira. 1ª Edição, 2002.

Relações exteriores do Brasil contemporâneo
Danielly Silva Ramos Becard.  Editora Vozes. 1ª Edição, 2009.

Estado e gestão pública - Visões do Brasil Contemporâneo
Octavio Penna Pieranti e Paulo Emilio Matos Martins. Editora: FGV.

Safári de estratégia
MINTZBERG, H., AHLSTRAND, B., LAMPEL, J. Porto Alegre: Bookman, 2000.

Gestão da cadeia de suprimentos: conceitos, estratégias, práticas e casos
Sílvio R. I. Pires. São Paulo: Atlas, 2004.

Gestão de estoques na cadeia de suprimentos: decisões e modelos quantitativos
Peter Wanke. São Paulo: Atlas, 2004.

Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. Kleber Fossati Figueiredo, Paulo Fernando Fleury & Peter Wanke. São Paulo: Atlas, 2003.

Criação e adaptação de Jogos em T&D
Paula Falcão. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003

Auditoria de negócios
Antonio de Loureiro Gil. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2002.

Guia para Elaboração de Monografias e Trabalhos de Conclusão de Curso
MARTINS, G. A.; LINTZ, A. São Paulo: Atlas, 2000.

Comunicação tem remédio - a comunicação nas relações interpessoais em saúde
SILVA, M.J.P. SILVA, M.J.P.  São Paulo: Gente, 1996.

Gestão em hotelaria hospitalar
M.A Borger. São Paulo: Atlas, 2003.

Filosofia e ética na administração
MATTAR NETO, J.A. São Paulo: Saraiva, 2004.

Orçamento Empresarial
FREZATTI, F. São Paulo: Atlas, 2000. 

Bons estudos!!



As inovações da neurociência que vemos em filmes como Avatar  já são pequenas diante dos avanços reais da ciência








Ao assistir ao filme Avatar, percebi que o público leigo já entende bastante de neurologia, a conexão entre o bulbo que fica na base do crânio com um axônio externo gigante de um pterodonte moderno, o uso de exoesqueletos para aumentar a força e proteção em ambientes hostis, e o principal personagem, um avatar em carne e osso, ou sei lá o quê, não só sob seu controle mas com sua alma incorporada, são todas linhas de  pesquisa neurológicas já existentes para que pacientes com alguma deficiência física possam tê-lo corrigido.
Além dos aparatos físicos, existem, porém, outras dezenas de linhas de pesquisa. Há grupos de estudos, seguidores de uma orientação de pensamento científico, que utilizam recursos já existentes na natureza humana para reforçar processos naturais e, com isso, corrigir deficiências. Nos últimos dias, diversas pesquisas foram publicadas, demonstrando

que um boom em soluções para problemas neurológicos pode estar próximo. Tudo isso se torna possível na medida em que evoluem a ressonância magnética funcional, a tomografia por pósitron, os estudos sobre o metabolismo cerebral e a capacidade de processamento dos computadores, que hoje permitem a criação de imagens tridimensionais dos neurônios e suas conexões.
Um estudo da Universidade da Pensilvânia (EUA), publicado na revista Neuron, explica como proteínas que são produzidas no núcleo de um neurônio conseguem ser transportadas para uma terminação nervosa específica, escolhida entre as milhares que o neurônio possui. O doutor James Eberwine explica que existem fábricas de etiquetas dentro da célula. Essas etiquetas são sequências de aminoácidos que ficam grudados na  proteína para identificá-la, o que faz com que a proteína chegue ao seu destino. No caminho, ela perde parte desses aminoácidos. É como se, em cada estação, o sistema de checagem retirasse alguns aminoácidos e enviasse a proteína para o próximo destino. Ao chegar lá, a proteína já perdeu a etiqueta, por isso estudos anteriores que avaliavam apenas as terminações nervosas não conseguiam encontrá-las.
Outra pesquisa deverá revelar em breve o conectoma do cérebro de um rato. O termo faz referência ao genoma, que é o mapa genético. O conectoma seria um mapa tridimensional de conexões do cérebro. Até agora, a revista Nature publicou apenas um pedacinho do córtex visual do rato. Mas Clay Reid, da Harvard Medical School- de Boston, e pesquisadores associados uniram duas técnicas para construir um mapa das conexões da massa cinzenta do cérebro do rato responsável pela visão. Primeiro, eles injetaram substâncias que medem a atividade metabólica das células da visão em um rato vivo. Depois, mataram o rato e cortaram a parte de seu cérebro responsável pela visão, cujo volume corresponde a oito milésimos de um milímetro cúbico, em 1.215 fatias. Fotografaram então cada fatia em um microscópico eletrônico que enxerga quase até o nível das moléculas. Ao juntar os 3 milhões de imagens conseguidas, os pesquisadores reconstruíram- a imagem em 3D em um computador. Aquele mínimo pedacinho de cérebro, no momento em que foi ativado por um feixe de luz, gerou 40 terabytes de informação e permitiu que dez neurônios fossem avaliados, criando uma nova área da neurociência: a “conectonomia funcional”.
Outro estudo, também publicado na edição de 10 de março da revista Neuron, mostrou que o liquor, o líquido que banha o cérebro e a medula, é muito mais que um simples sistema de absorção de impacto para evitar que o cérebro se choque contra o crânio. É composto de diversas proteínas e, entre elas, existem substâncias que estimulam e orientam a divisão de neurônios. Um estudante, Zappaterra, e dois cientistas, Walsh e Maria Lehtinen, comparam o liquor de embriões humanos com o liquor de adultos. Descobriram que quanto mais jovem o ser humano maior é a concentração de uma proteína chamada fator de crescimento tipo insulina, o Igf2. Esta proteína, quando colocada em cultura de neurônios, provoca intensa divisão celular com criação de novas células. Os pesquisadores descobriram também que pacientes com glioblastoma multiforme, o tipo mais agressivo de tumor cerebral, possuem altos níveis desta proteína no liquor. Se estiverem certos os autores, o estudo traz grandes avanços. O Igf2 pode ser utilizada na regeneração do sistema nervoso em pacientes com lesão medular, acidente vascular ou esclerose múltipla. E, se conseguirmos bloquear o Igf2 em pacientes com tumores cerebrais, inibiremos o seu crescimento.
Podemos enxergar com esses poucos exemplos um holofote no fim do túnel, estamos nos aproximando rapidamente de um final, ou melhor, de um reinício feliz de vida para os milhões de pacientes que sofrem com  alguma sequela neurológica. •

    §   
    CLASSIFICAÇÃO DO QUALIS



    Qualis é um conjunto de procedimentos e parâmetros que “medem” a qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação. Em 2008, o Conselho Técnico Científico da Educação Superior alterou a escala utilizada. Leia mais sobre o assunto e veja a nova escala em http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis


    Células tumorais expostas à 'Quinta Sinfonia', de Beethoven, perderam tamanho ou morreram


     

    Mesmo quem não costuma escutar música clássica já ouviu, numerosas vezes, o primeiro movimento da "Quinta Sinfonia" de Ludwig van Beethoven. O "pam-pam-pam-pam" que abre uma das mais famosas composições da História, descobriu-se agora, seria capaz de matar células tumorais - em testes de laboratório. Uma pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, à meia hora da obra. Um em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre um nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.
    A estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer: em vez de radioterapia, um dia seria possível pensar no uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.
    - Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos, situações que envolvam um componente emocional. Mostramos que, além disso, a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo - ressalta Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo.


    Como as MCF-7 duplicam-se a cada 30 horas, Márcia esperou dois dias entre a sessão musical e o teste dos seus efeitos. Neste prazo, 20% da amostragem morreu. Entre as células sobreviventes, muitas perderam tamanho e granulosidade.
    O resultado da pesquisa é enigmático até mesmo para Márcia. A composição "Atmosphères", do húngaro György Ligeti, provocou efeitos semelhantes àqueles registrados com Beethoven. Mas a "Sonata para 2 pianos em ré maior", de Wolfgang Amadeus Mozart, uma das mais populares em musicoterapia, não teve efeito.
    - Foi estranho, porque esta sonata provoca algo conhecido como o "efeito Mozart", um aumento temporário do raciocínio espaço-temporal - pondera a pesquisadora. - Mas ficamos felizes com o resultado. Acreditávamos que as sinfonias provocariam apenas alterações metabólicas, não a morte de células cancerígenas.
    "Atmosphères", diferentemente da "Quinta Sinfonia", é uma composição contemporânea, caracterizada pela ausência de uma linha melódica. Por que, então, duas músicas tão diferentes provocaram o mesmo efeito?
    Aliada a uma equipe que inclui um professor da Escola de Música Villa-Lobos, Márcia, agora, procura esta resposta dividindo as músicas em partes. Pode ser que o efeito tenha vindo não do conjunto da obra, mas especificamente de um ritmo, um timbre ou intensidade. Em abril, exposição a samba e funk
    Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros gêneros musicais. A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais.
    - Ainda não sabemos que música e qual compositor vamos usar. A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa - diz a pesquisadora.
    Outra via de pesquisa é investigar se as sinfonias provocaram outro tipo de efeito no organismo. Por enquanto, apenas células renais e tumorais foram expostas à música. Só no segundo grupo foi registrada alguma alteração.
    A pesquisa também possibilitou uma conclusão alheia às culturas de células. Como ficou provado que o efeito das músicas extrapola o componente emocional, é possível que haja uma diferença entre ouví-la com som ambiente ou fone de ouvido.
    - Os resultados parciais sugerem que, com o fone de ouvido, estamos nos beneficiando dos efeitos emocionais e desprezando as consequências diretas, como estas observadas com o experimento - revela Márcia.


    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/celulas-tumorais-expostas-quinta-sinfonia-de-beethoven-perderam-tamanho-ou-morreram-2804700#ixzz1vuyYoWVk
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    Este livro vai melhorar a vida dos alunos no momento de fazer monografia. É o Facilitando o uso das normas da ABNT nos trabalhos acadêmicos na era da informática. Com apenas 72 páginas, o  livro mostra, de forma simples e objetiva, como se faz uma monografia sem brigar com a ABNT.Consulte-o na Biblioteca.